sábado, 8 de janeiro de 2011

Lendas e mitos da internet

Conheça os mais populares e livre-se de golpes que podem custar caro

Por Amanda Aron e Carlos Gutemberg

Apesar de a internet ser um celebre exemplo de como uma informação inverídica pode se alastrar, em poucos minutos, entre um número avassalador de pessoas, a prática de espalhar lendas e mitos urbanos não é algo de origem exclusiva da rede mundial de computadores. Em muitos casos, esses boatos envolvem até grandes instituições e personalidades. 

No início dos anos 80, a multinacional norte-americana Procter&Gamble foi vítima de um boato que circulou entre cristãos no mundo inteiro. A informação falsa era de que um alto executivo da empresa teria dito, em entrevista a um renomado programa de televisão dos Estados Unidos, que a empresa aplicava dinheiro na expansão da "igreja de satanás".

Na época, entre os cristãos, essa informação causou pânico, e muitos decidiram boicotar a companhia, não comprando seus produtos. Depois, nos anos 90, o caso se repetiu. Dessa vez a bola de neve tendia a ser maior, devido ao advento da internet.

Por meio de um e-mail, basta que a pessoa clique no link "encaminhar" para que toda a sua lista de contatos tenha acesso a determinadas informações, mesmo que sejam mentiras. Dessa forma, fatos e boatos circulam por toda web, e muitos que recebem tais coisas, por sua vez, também as encaminham, sem preocupar-se com a veracidade do que estão repassando.

Obviamente, é normal alguém procurar alertar seus amigos e parentes sobre empresas que apresentem uma conduta ética duvidosa, e que não levem em consideração a saúde e o bem-estar dos seus consumidores. Todavia, é necessário verificar a origem das informações que se escolhe passar adiante.

Mitos virtuais mais populares

Muitas pessoas são vítimas dos mitos virtuais. Textos formulados de forma coerente, atribuídos a profissionais que realmente existem, mas que nunca assinaram tais mensagens.

Por conta disso, consumidores deixam de adquirir determinado produto, doam dinheiro para recuperação de supostas crianças pobres e doentes e até informam a senha bancária, a fim de atualizar algum serviço de segurança do banco.

Relacionamos os contos mais comuns da web. Confira:

- Digitar a senha invertida no caixa eletrônico para acionar a polícia, em caso de sequestro relâmpago: Além do ato não acionar a polícia ou qualquer autoridade, também coloca a vida da pessoa em risco. Ao errar três vezes a senha, o caixa eletrônico retém o cartão magnético. A própria Polícia Federal já desmentiu, em seu site, o conteúdo desse e-mail, dando outras recomendações sobre como agir nesses casos.

- Solicitação de atualização de dados bancários: É um dos golpes mais comuns. O internauta recebe um e-mail supostamente de origem do banco em que tem conta. Todas as informações procedem e o formato do e-mail é bastante convincente. Os assuntos variam: recadastramento do cliente no sistema ou instalação de uma nova ferramenta no portal do banco são os temas mais comuns. Ao informar seus dados, o usuário facilita o acesso de hackers (piratas da internet) à sua conta bancária.

Para alertar seus clientes, o Bradesco, um dos maiores bancos do País, disponibilizou em seu site mais de 50 modelos de mensagens falsas enviadas por e-mail. Portanto, quando o assunto é conta bancária, deve-se ter redobrada a atenção e o cuidado.

- Enviar o e-mail ao maior número de contatos, com o objetivo de ajudar alguém: Essa é uma lenda que teve início em meados dos anos de 1990 e circula até hoje. Segundo o mito, a cada contato incluído, provedores da internet doarão 3 centavos de dólar para o tratamento de uma criança com algum tipo terrível de câncer. Caso o usuário atinja um número mínimo de destinatários, receberá em casa um computador novo ou uma quantia em dinheiro será depositada em sua conta.

No entanto, além de constituírem promessas impossíveis de serem compridas, muitas dessas mensagens podem conter vírus, e, ao invés de fazer uma boa ação, ajudando a salvar a vida de uma criança doente, o internauta pode estar contaminando o computador dos seus destinatários.


Fonte: http://www.arcauniversal.com/emfoco/noticias/lendas_e_mitos_da_internet-3313.html

 

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