sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Carga pesada demais



Brasileiro bate recorde em pagamentos de impostos

Por Carlos Antonio

De acordo com o Impostômetro, sistema criado pela Associação de Comércio de São Paulo (ACSP), os brasileiros atingiram em agosto a marca de R$ 800 bilhões de tributos federais, estaduais e municipais pagos em 2010. No ano passado, essa marca só foi atingida 39 dias depois, em 8 de outubro. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário está prevendo uma arrecadação total de R$ 1,27 trilhão, quase R$ 180 bilhões a mais em relação ao ano passado.

O impostômetro foi inaugurado em 20 de abril de 2005 e está instalado na ACSP. Entretanto, pela internet (www.impostometro.com.br), qualquer cidadão pode acompanhar o total de impostos pagos pelos brasileiros aos governos federal, estadual e municipal, de acordo com os estados e municípios. O sistema informa ainda o total de impostos pagos desde janeiro do ano 2000 e faz estimativas de quanto será pago até dezembro deste ano.

Recente pesquisa publicada pelo Banco Mundial e pela PriceWaterhouseCoopers e divulgada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade(Anefac), mostra que o Brasil carrega o triste título de campeão em horas trabalhadas para pagar impostos, entre 183 países pesquisados.

Aqui se gasta 2,6 mil horas por ano para controle e pagamentos de impostos, enquanto as nações que menos gastam estão em torno de 100 horas/ano.

Preocupado com o aumento dos tributos, a Federação das Indústrias do Estado Rio de Janeiro(Firjan) realizou uma pesquisa denominada “Impactos dos Tributos sobre a População”, em seis capitais brasileiras (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). O resultado mostrou que 95% dos entrevistados acham que a carga tributária do Brasil é muito elevada e a redução dos impostos é vista como mais adequada para cerca de 89,2% das pessoas, embora grande parte dos entrevistados(69,9%) reconheça que a diminuição poderia provocar a falta de recursos para investimentos públicos. Apesar da imensa maioria (89,4%) saber da incidência de impostos nos produtos, mais da metade não tem ideia sobre quais são os percentuais.

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, explicou que o objetivo da entidade ao encomendar a pesquisa foi avaliar o nível de conscientização sobre a carga tributária, investigar o conhecimento sobre o volume incidente nos produtos e serviços e verificar o que as pessoas fariam com uma sobra mensal caso a carga fosse reduzida. A Firjan também lançou a campanha “Dieta do Impostão”, de conscientização da população sobre a alta carga tributária do País, a falta de transparência do sistema e o baixo retorno nos serviços prestados.

Benefícios da redução de tributos

Numa eventual redução de carga tributária, os entrevistados citaram como maiores benefícios o aumento de renda (55,7%), aumento de consumo (32,9%), redução de preços (29,3%) e aumento da oferta de empregos (26,2%). A pesquisa também apurou que impostos, taxas e contribuições são mais conhecidos pelos brasileiros: IPTU em primeiro (65,3%), seguido de IPVA (44,2%), Imposto de Renda (43,5%) e a contribuição para o INSS (42,4%). Os menos conhecidos são o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), com 1,7%, e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), com 1%.

Para Roberto Vertamatti, conselheiro da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), quando as entidades econômicas defendem a reforma tributária, elas não estão se referindo apenas à carga tributária, mas também à absurda complicação que é esta carga,que reúne mais de 70 impostos, entre contribuições e taxas diversas, que muitas vezes sufocam as empresas.

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma carga tributária elevada é necessária para o desenvolvimento social de um país. Durante o seminário “Novas Diretrizes para o Sistema Contábil Brasileiro”, realizado na última semana de agosto em Brasília, Lula afirmou que todas as nações com política social consistente têm impostos elevados.

“Todos os países que têm forte política social, em que os trabalhadores têm todos os dentes na boca, em todos esses países a carga tributária é elevada, mais do que a nossa. E em todos os países pobres do mundo, a carga tributária é muito baixa”, afirmou o presidente durante o seu discurso.

Fontes: Firjan e Anefac

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Vai para a Europa?



Itamaraty lança cartilha com orientação aos brasileiros

Por Elliana Garcia
Diz o ditado popular que “quem tem boca vai a Roma”. Mas para entrar nos países europeus não basta apenas saber falar, é preciso estar atento a regras e exigências. Os constrangimentos vividos por brasileiros que viajam à Europa, seja para turismo, estudo ou trabalho, levou o Ministério das Relações Exteriores a lançar a cartilha “Recomendações a Brasileiros que Viajam à Europa, para informar e evitar que eles passem por situações de vexame, ou sejam, até mesmo, impedidos de entrar no continente europeu. Só em 2009, cerca de 3 mil brasileiros foram impedidos de entrar na Inglaterra, 1,7 mil na Espanha e aproximadamente mil em Portugal.

Segundo a cartilha de quatro páginas, lançada no mês de agosto e que está disponível nos postos da Polícia Federal, os viajantes têm que observar alguns critérios antes e quando chegar na Europa:

- Responder de maneira clara e objetiva aos questionamentos dos agentes de imigração;

- Se portar de forma cortês, respeitosa e discreta em todos os momentos;

- Apresentar toda a documentação solicitada pelos agentes e responder suas perguntas de forma clara, objetiva, já que a falta de clareza pode levantar suspeitas de que esteja omitindo algo.

O documento salienta ainda que “os turistas se atenham às perguntas formuladas para evitar mal entendidos provocados pelas diferenças culturais entre o Brasil e outros países. Em casos de necessidade, pode-se solicitar a ajuda de um intérprete”. Nos casos de arbitrariedade ou desrespeito à dignidade dos viajantes brasileiros, as autoridades consulares podem ser chamadas a intervir.

Segundo Mariangela Rebuá, diretora-geral do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, que coordenou a equipe responsável pela elaboração da cartilha, as recomendações podem parecer óbvias, mas o objetivo era responder às principais questões e dúvidas. “Não entramos em questões de comportamento, nem de vestuário. Apenas sugerimos que o turista responda o que lhe for perguntado, evitando comentários. Não tenho dúvida de que muitos problemas dos brasileiros com a imigração europeia têm relação direta com a falta de informações”, diz.

Antes de viajar

O documento sugere que antes da viagem é importante que o turista busque informações na embaixada ou no consulado do país para o qual vai viajar e que providencie todos os documentos exigidos.

Além de documentos, é importante lembrar de vacinas que devem estar em dia, pois em muitos países só é permitida a entrada com o cartão de vacinas atualizado. O passageiro também tem que ter em mãos a passagem de volta, reserva em hotéis ou onde ficará hospedado, e é preciso comprovar que pode dispor de pelo menos R$ 135 por dia, ou 60 euros, para se manter no país.

Fonte: http://www.arcauniversal.com/lazerecultura/turismo/noticias/vai_para_a_europa-



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